quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cultura

  A cultura do povo sul-africano é bastante rica por causa da diversidade étnica pois além dos nativos africanos há um grande número de descentes europeus e asiáticos.  
Artesanato
  Em quase todas as esquinas da África do Sul é possível encontrar objetos feitos dos mais diversos materiais como arame, materiais tradicioais como contas, palha, couro, tecido, barro, entre outros, para os artesãos darem forma a sua criatividade e cooperarem com seu rendimento financeiro.

                                                 Artesanato em madeira
                                                 Fonte: Arquivo Pessoal


  Por um valor mais elevado é possível adquirir ovos de avestruzes decorados e pintados à mão.


Ovos de Avestruzes pintados à mão.
                                                Fonte: Arquivo Pessoal

 Música
A música na África do Sul também é bastante diversificada. Estilos regionais africanos e jazz são exemplos dessa diversidade. Os grupos Jazz Pioneers e Landysmith Black Mambazo são detaques no cenário da música internacional.

Literatura
J.R.R Tolkien, nascido em Bloemfontein é o autor de O Senhor dos Anéis e O Hobbit  é um importante nome da literatura mundial. Assim como Nadine Gordimer e JM Coetzee, ganhadores de prêmios Nobel de Literatura.

Culinária
Sua base é a carne (vaca, frango e porco). O vinho também faz parte da cultura local e coopera com o desenvolvimento do turismo
Há uma festa tradicional chamada Braai, em que o centro é a comida. Nela há uma espécie de churrasco em que os homens são responsáveis por assar diversos tipos de carne. Há tambem embutidos como salsicha, coxas de frango, costeletas, bitong (bife de carne seca), entre outros tipos.

 
Feriados Nacionais
_27 de abril: Dia da Liberdade (comemora as primeiras eleições após o apartheid);
_16 de junho: Dia da Juventude (data em que ocorreram protestos em Soweto contra o apartheid);
_24 de setembro: Dia da Hereditariedade (comemora a diversidade cultura e étnica do país).

http://www.suapesquisa.com/paises/africa_do_sul/cultura_africa_do_sul.htm

Copa do Mundo 2010

   Abertura da Copa do Mundo de 2010 aconteceu no dia 09/06 e durante quatro semanas, a África do Sul tornou-se o centro do mundo. Embora ja tivesse recebido alguns eventos internacionais como a Taça Mundial de Rugby,1995 e a de Criquete, 2003 o país teve que investir muito em seu desenvolvimento para comportar esse evento. Cinco estádios foram construídos e os outros cinco foram reformados, inclusive o Soccer City, onde aconteceu a abertura e a final da Copa.   

                                                      Estádio Soccer City a noite
                                              Fonte: Arquivo Pessoal


  Enquanto bilhões de pessoas assistiam à Copa, tornaram-se conhecidos três elementos sul-africanos fundamentais desse evento: a bola chamada Jabulani (que significa "trazendo alegria para todos", em Zulu); a vuvuzela, instrumento musical sul-africano, e o amor pelo time Bafana Bafana (significa "os rapazes, rapazes", em Zulu). 

                                                   Garoto com sua vuvuzela.
                                                   Fonte: Arquivo Pessoal

 
  Calcula-se que a Copa do Mundo da FIFA 2010 gerou cerca de 129.000 empregos e contribuiu com aproximandamente 21 bilhões de rands para o PIB. Com mais de 350.000 visitantes, a estimativa é de que a África do Sul tenha recebido cerca de 9,8 bilhões de rands enquanto estes assistiam à Copa.

                                             Cidade enfeitada de Jabulanis
                                            Fonte: Arquivo Pessoal

 Também, o país teve oportunidade de mostrar sua beleza e organização o que certamente irá aumentar as visitações turísticas ao país.

Fontes: http://www.africadosul.org.br/?pg=copa2010
http://lordfranke.blogspot.com/2010/03/jabulani-bola-oficial-da-copa-do-mundo.html
                          
                           
                              Fim da Copa, vida real na África do Sul
Por Ivan Grenhanin


  A  Copa do Mundo na África 2010  do Sul foi bem sucedida . Torcedores estrangeiros, que a princípio estavam céticos, voltaram para casa contaminados pela energia africana. Mesmo da eliminação da seleção sul-africana , a população local continuou  agitando suas bandeiras e soprando suas vuvuzelas.

  Mas será que a África do Sul quer mesmo sediar outro mega-evento esportivo? A Copa do Mundo custou cerca de 55 bilhões de rands (moeda local) (US$ 7,3 bilhões), . Num país onde mais de 40% das pessoas vivem a baixo da linha da pobreza, a FIFA acabará com boa parte dos lucros, cerca de 25 bilhões de rands, deixando a África do Sul com os elefantes brancos: os dez magníficos, porém agora inúteis, estádios de futebol criados para o evento. Mas a África do Sul também lucrou. Cerca de meio milhão de turistas visitou o país pela primeira vez, motivados pela Copa.

  Após o período de excitação, a imprensa sul-africana voltou à sua programação normal de crime, abuso policial, estupradores de crianças, corrupção, protestos, problemas de energia, desastres automobilísticos, ameaças de greves e disputas políticas. O retorno de ataques xenófobos teve como alvo imigrantes africanos – a maioria deles, do Zimbábue – que têm sido perseguidos e estão retornando a seus países de origem.

  Enquanto isso, os sul-africanos se perguntam por que um país capaz de sediar um evento global de tamanha magnitude não consegue encontrar a mesma dedicação para resolver seus problemas.

domingo, 1 de maio de 2011

Saúde

  Na África do Sul o risco de contrair doenças transmitidas por água e alimentos (hepatite A, intoxicações alimentares, diarreia, cólera) é grande, devido às más condições de saneamento básico em locais mais pobres.
 Também há riscos de contrair doenças transmitidas por insetos (malária) e carraptos (riquetsioses).
 
Aids

É a maior epidemia da África do Sul, e matou em 2006 cerca de 960 pessoas por dia, apenas na Cidade do Cabo, de acordo com a pesquisa realizada pela Sociedade Sul-Africana de Estatística e pelo Conselho Médica de Pesquisa. Realizada a cada dois anos, nessa pesquisa  foi constatado que no segundo semestre de 2006, dos 48 milhões de habitantes, 5,4 milhões foram contaminados. Por consequencia houve redução na estimativa de vida, que era de 63 anos e caiu para 51. Outra constatação é que apenas 230 mil pessoas infectadas têm acesso ao tratamento da doença.

                                        Local onde alguns aideticos ficam isolados.
                                                 Fonte: Arquivo Pessoal


Fontes:  http://www.cives.ufrj.br/informacao/viagem/protecao/africa/as-iv.html
http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/africa-sul-aids.htm


                                          Matança Silenciosa
 Por Mirella Portiolli

  Com o fim do Apartheid, em 1990, a África do Sul vem tentado se reerguer economicamente e como nação. A segregação racial tornou o país extremamente desunido, o que enfraquece qualquer economia e aumenta a disparidade social, já que não há trabalho pelo todo. Na África do Sul há pessoas muito ricas convivendo com outras absolutamente pobres.
 
  Antes e durante o Apartheid o problema principal era a diferença na cor, entre negros e brancos. Atualmente a desunião consiste nas diferenças de tribos, estrutura financeira e ainda o preconceito, agora, social. Um exemplo desse tipo de preconceito é em relação a AIDS. Estudos recentes apontam que mil pessoas morrem a cada dia na África do Sul. É uma epidemia gravíssima, que afeta 11% da população mundial e ainda sim é tratada de forma velada pelos sul-africanos, como em algumas tribos que nem o nome da doença é dito. Referem-se a ela como “aquela coisa”. A AIDS diminuiu a média de vida do povo sul-africano em cerca de dez anos. E o preconceito apenas coopera na disseminação do problema, já que não há troca de informações com intuito de prevenir novos casos e nem como descobrir no inicio e diagnosticar os já infectados.
  
  A maior parte dos diagnosticados com a doença são mulheres entre 20 e 24 anos. O número de homens infectados também é elevado e essa defasagem, também, acarreta problemas econômicos. Muitas empresas não oferecem auxílio funerário e antibiótico, que são necessidades básicas, e mesmo as que oferecem tem que lidar com um aumento de 6 a 8% no custo de sua folha de pagamento além da baixa de seus funcionários. Algumas empresas não conseguem lidar com esse déficit e vão à falência. A taxa de aidéticos desempregados é alta, por preconceito ou avanço de sua doença não conseguem um emprego. Afetando diretamente a economia que de acordo com pesquisas em dez anos teve seu PIB diminuído em 4%, ou seja, calcula-se que US$7 bilhões tenham sido perdidos.
 
  O investimento do governo também é baixo na ajuda aos infectados, estima-se que US$10 bilhões de dólares sejam destinados anualmente para tratar a AIDS. Esse orçamento não possibilita nem financiar o tratamento com AZT (medicamento eficaz na luta conta o vírus HIV) de gestantes contaminadas para não transmitirem a doença para seus bebês.
 
  Por muito tempo os líderes sul-africanos ignoraram a existência da AIDS, tal qual o mundo ignora muitos acontecimentos daquele continente. E uma nova luta vem sendo travada pela população sul-africana que comemorou o final do Apartheid mas que há anos vive essa nova segregação e assiste à morte de seu povo, imersos na ignorância de seus líderes que permanecem importando-se muito pouco com os sul-africanos.

História

  Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar na região. Encontraram o Cabo da Boa Esperança durante suas idas constantes ao oriente, na rota do comércio, por volta de 1500. Entretanto estudos arqueológicos apontam a existência de seres humanos modernos há mais de 100 mil anos na região.
  No século XVIII os holandeses iniciaram uma colonização quando chegaram em busca de caça e estabeleceram fazendas.Tornaram-se conhecidos como boers.
  Em 1795, os ingleses chegaram  e iniciaram uma série de conflitos com os holandeses.
  Com a descoberta do ouro em 1886, iniciou-se uma onda migratória para a África do Sul.
  Houve a Guerra dos Boers (1899-1902), então britânicos e afrikaners (descendentes de boers) passaram a governar a região juntos e formaram a União da África do Sul. 
 No ínicio do século XX foi instituido o apartheid, o que causou a segregação racial e o distanciamento dos povos de cores diferentes, entre outros fatores graves. Em 1994 aconteceram as primeiras eleições multirraciais do país e o fim do apartheid. A partir dessa mudança a África do Sul tem sido governada pela maioria negra.
Atualmente, o presidente da África do Sul é Jacob Zuma.
Fonte: http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/historia.htm




                       O NEOCOLONIALISMO E A MISÉRIA AFRICANA
Por Luciana Silva Matos


A África para a grande maioria é sinônimo de fome, guerras tribais e tiranos (esses apoiados por grandes potências). E, todos os conflitos ou, sua maioria, é fruto de objeto do neocolonialismo.

A África, como conhecemos hoje, é fruto de uma política europeia expansionista e desrespeitosa. Quando chegaram ao continente africano, no século XVIII, os europeus tinham como principal objetivo controlar e explorar o território. Para tanto, dividiram as terras entre as potências européias do período, o que se conhece como neocolonialismo, responsável por grande parte dos conflitos que acontecem até hoje.

Quando as grandes potências européias do século XVIII, como França e Inglaterra já não dispunham de suas antigas colônias na América, resolveram que era chegada à hora de explorar outros continentes e foi, a partir daí, que se voltaram para a África e dividiram o continente entre eles, ou seja, os países que vemos hoje são resultado dessa partilha. Porém, eles não levaram em conta as tribos locais e unificaram áreas de acordo com seu “prazer”.

Podemos dizer que o conflito Líbio (2011), a guerra do Sudão (primeiro semestre do ano 2000) ou o massacre em Ruanda (1994) são resultados do domínio dos europeus que até hoje mantêm suas transnacionais para explorar os bens naturais das terras africanas, além de promover apoio a seus respectivos ditadores.

Ninguém ou nenhuma mídia de grande circulação diz que os franceses financiam a monarquia marroquina em troca de seus fosfatos ou que os chineses, com uma política econômico-expansionista, estão comprando extensas dimensões de terras para exploração petrolífera e para a agricultura.

Falta à África se conhecer como África e exercer seu poder sobre si, não como uma estrutura voltada para fora, e sim, como uma estrutura voltada para seu povo, quando isso ocorrer, ela deixará de ser apenas um território(!) ultra-marino de países imperialistas.
                                                          

Turismo

  A África do sul é o 30º país mais escolhido como destino turístico no mundo. Possui inúmeras belezas naturais como: praias, florestas, montanhas. O turismo, também, pode incluir: trilhas ecológicas (envolvendo as nove províncias, esta opção abrange caminhadas em montanhas, florestas, deserto, semi-árido e litoral). Visitação: à museus (como o Museu do Apartheid e o Museu Robbem Island, onde o ex-presidente Mandela esteve aprisionado); safáris que são mantidos pela iniciativa privada e pelo governo (como o Kruger National Park, destino mais popular); rota do vinho, entre muitas outras opções. 

                                         Entrada do Museu do Apartheid
                                            Fonte: Arquivo Pessoal 

  A fauna é bastante diversificada e podem ser encontrados, nas reservas naturais sul-africanas, animais de grande porte como leões, elefantes, leopardos, macacos, hipopótamos, zebras e avestruzes.


                                                                      Tigre
                                                Fonte: Arquivo Pessoal

   Um dos destinos mais procurados é a península de Cape Point (Cidade do Cabo). O Cabo da Boa Esperança é o local onde os oceanos Índico e Atlântico se encontram. O primeiro navegador a contorná-lo foi o portugês Bartolomeu Dias, em 1488 demostrando ser possível chegar ao oriente pelo mar. Batizou o local de Cabo das Tormentas. Dessa forma o caminho para a Índia foi encontrado. Então o rei D. João II chamou-o de Cabo da Boa Esperança.


                                             Cabo da Boa Esperança
                                            Fonte: Arquivo Pessoal


    Na Região Floral do Cabo, onde existem mais de sete mil espécies de plantas nativas, são também encontradas cerca de 11 mil espécies de animais marinhos e 560 espécies de vertebrados.


 
                                                       Encontro dos pinguins
                                                     Fonte: Arquivo Pessoal

    
  A África do Sul possui, entre outras possibilidades turísticas, oito locais classificados pela UNESCO como Patrimônio Mundial, são eles: Parque Ismangaliso Wetland; Ilha Robben; Sítios Arqueológicos; Parque Ukhahlamba Drakensberg; Mapungubwe Cultural Landscape; Região Floral do Cabo; Vredefort Dome; Paisagem Cultural e Botânica de Richtersveld.


sábado, 30 de abril de 2011

Apartheid

   Apartheid, em afrikâner, significa: regime de segregação racial da África do Sul; que vigorou durante o século XX.
   Desde o início do século XX existia um conceito de segregação por grupos étnicos. Os negros eram maioria e representavam 68% enquanto os brancos representavam 20%. Os outros eram divididos em mestiços (colorados) 8% e asiáticos 4%.
   Então em 1913 uma lei delegou aos negros locais e funções especiais porém a segregação racial tornou-se intensa em 1948 quando foram abolidos definitivamente todos os seus direitos políticos e sociais.
   Era o governo da minoria branca contra a maioria negra e mestiços.
 As diferenças raciais foram juridicamente caracterizadas e a população foi classificada de acordo com seu grupo social. Influenciando em todos os aspectos inclusive nas relações sociais,  o casamento entre brancos e negros foi proibido assim como foi proibido aos brancos e negros realizarem o mesmo trabalho, entre outras restrições.
  Os brancos passaram a controlar cerca de 87% do território sul-africano. Os 13% restantes eram de terrítórios independentes porem muito pobres, que foram deixados aos grupos sociais menores.
  Desde o ínicio, o apartheid recebeu duras críticas internacionais, inclusive condenação pela ONU.
  Com o passar do tempo, muitas ações em forma de protestos foram acontecendo, como o banimento dos jogos de 1964 pelo Comitê Olímpico Internacional. Em 1985, aproximadamente 25 países, inclusive Brasil e Estados Unidos impuseram sanções econômicas ao país.
  A partir de 1990, a política do apartheid começou a ser reduzida e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais da África do Sul. Nelson Mandela foi eleito presidente e consagrado o maior líder na luta contra o apartheid.

Bandeira e Hino Nacional

         
                                             Bandeira da África do sul
                      Foto: http://www.saboreiosbonsmomentos.blogspot.com/
                                              


Hino Nacional da África do Sul
(tradução em português)

(Xhosa/Zulu)
Deus abençoe a África,
Que todos os seus desejos sejam realizados,
Escute nossas preces.
Deus abençoe-nos, Que somos o seu povo.

(Sesotho)
Deus salve nossa nação,
Acabe com as guerras e os conflitos.
Deus salve nossa nação,
Acabe com as guerras e os conflitos da África do Sul -  ÁFRICA DO SUL

(Afrikaans)
Dos nossos céus azuis,
Das profundezas dos nossos mares,
Sobre as infinitas montanhas onde as rochas darão a resposta.

(Inglês)
Soa o chamado para nos unirmos,
E juntos, nos fortaleceremos.
Vivamos e lutemos por liberdade,
Na África do Sul, nossa terra.




Fontes: http://www.youtube.com/watch?v=0qtnWeGkCks
http://www.africadosul.org.br/

Geografia

 Localizada no extremo sul do continente africano, a República da África do Sul possui três capitais: Pretória (administrativa), Cidade do Cabo (legislativa) e Bloemfontein (judiciária). O país é dividido em nove províncias (Eastern Cape, Free State, Gauteng, KwaZulu-Natal, Limpopo, Mpumalanga, Northern Cape, North-West e Western Cape). Há também um pequeno país encravado em seu território chamado Lesoto, capital  Maseru, que é autônomo.
Namíbia, Botsuana e Zimbábue, ao norte; Moçambique e Suazilândia ao nordeste fazem fronteira com a África do Sul.


População:
49 milhões de habitantes (estimado em 2009) com taxa de crescimento de 3%.
De acordo com o censo de 2001, os grupos étnicos estão divididos em: 79% negros; 9,6% brancos; 8,9% mestiços e 2,5% asiáticos. A população negra está dividida em outro grupos como: zulu, xosa, tswana, venda e soto.
Os ascendentes de holandeses, afrikâners ou bôeres constituem cerca de 60% da população branca.


Línguas:
São onze línguas oficiais além de vários dialetos. A mais falada é o zulu, 23,8%. As outras línguas são: xhosa, afrikâner, sepedi, setxwana, sesotho, xitsonga, outras línguas e o inglês, este é falado por 8,2% da população, de acordo com o Censo 2001.


Religião
A maior parte é de protestantes. O restante da populaçõa é dividida entre católicos, anglicanos e muçulmanos.
         

                                              Meninas sul-africanas orando
                                               Fonte: Arquivo Pessoal


 Aspectos Naturais:


Relevo
  Cerca de 2/3 do país é composto por planaltos. Essa área é dividida entre extremos como deserto e savanas.
 Na parte sul está localizada a Cordilheira do Karoo. Na região leste está situada a maior cadeia de montanhas de todo sul do continente africano, conhecida como Table Mountain 


                                                      Table Mountain
                                                 Fonte: Arquivo Pessoal


Clima
 Em todo território sul-africano são identificados vários tipos de climas. Tropical a moderado (no litoral), mediterrâneo (sul), árido tropical , frequentes e prolongadas secas (noroeste) e de montanha (oeste).
 O Sol brilha em grande parte do ano e no verão a temperatura supera os 32°C.


Vegetação
 Existem diversos tipos de coberturas vegetais na África do Sul, como selva tropical (localizadas ao longo dos rios e também em Eastern Lowveld), chuvas torrenciais, pradarias (encontradas em Middle Veld), savanas e estepes (no deserto de Kalahari).


Hidrografia
 É composta por importantes rios, os principais são: Orange, Vaal e Limpopo.


Fontes: http://www.brasilescola.com.br/
http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/

segunda-feira, 21 de março de 2011

A Vida de Nelson Mandela

  O heroi nacional Nelson Rolihlahla Mandela nasceu em 18 de julho de 1918, em Qunu, região do Transkei, de etnia xhosa.
  Ele ajudou a fundar o ANC Youth League (Liga da Juventude destinada a pessoas entre 14 e 35 anos com o objetivo de ensinar como construir e resolver problemas da juventude).
  A partir de 1952, iniciou uam viagem pelo país organizando resistência à legislação discriminatória vigente na África do Sul. Formado em direito, continuou lutando contra o apartheid até ser preso em 1962. Mesmo na prisão, ele já era um heroi e um símbolo da igualdade e justiça social.
                                      Local onde Nelson Mandela esteve preso.
                                                Fonte: Arquivo Pessoal


 Aos 72 anos, em 1990, 27 anos após sua prisão Nelson Mandela foi libertado.
 Em 1993 recebeu o Prêmio Nobel da Paz e em 1994, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul. Comandou a transição do regime de minoria branca e dividida para um governo democrático.

                                                       Nelson Mandela  
                                Poster oficial como presidente da África do Sul
                            Foto: http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/

http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/mandela.htm



Deixe a liberdade reinar

Por Cinthia Jardim

                      Nelson Mandela comemorando sua liberdade com o povo sul-africano
Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDpz23MErFBu8qTdReTv9H1YzpXARH68_8hRbh_R4xxTqIolrtB7tOKnWtwd4NEtrlLAHVw6K_SJmeuFn9Ukm6jdhALmhEwLgiicsJ74oaxXv5KEcrLyvsi5vMp2vOoWkaR0EPc9dRYMI/s1600/20080719005746.jpg


  Era 20 de junho de 1980, Aduoa acorda e percebe o sol entrando pela fresta das madeiras que compõem a parede do quarto. Sente-se bem, apesar do desconforto causado pela barriga nos últimos 3 meses. Abimbola dá sinais que está prestes a nascer. O pequeno chuta, a mãe sorri, não sabe ao certo se mais de alegria pela chegada do primogênito ou se de preocupação por não saber como será sua vida dali para frente.
  Yejide, mãe de Aduoa já está no quintal, lava algumas peças de roupas doadas para Abimbola. Olha para a filha e, em seguida para a barriga dela, sorri aberto mostrando os poucos dentes apodrecidos na boca e diz:
 - Adu, minha filha, pode voltar a se deitar, Abimba vem hoje mesmo, bem que percebi que hoje seria um dia diferente.
 No mesmo dia Abimbola nasce, apesar de Yejide ser parteira a muitos anos, Aduoa teve um parto complicado, perdera muito sangue e teve de ser levada às pressas para um hospital.
  Eram tempos difíceis, a África do Sul era governada pelos brancos de origem europeia (holandeses e ingleses) que governavam em benefício próprio em detrimento de direitos básicos aos negros.
Yejide viveu as consequências do apartheid, viu 3 netos morrerem de diarreia, contaminação alimentar e cólera por não terem saneamento básico e atendimento médico adequado, além de seus outros 2 filhos vítimas da AIDS que infestava os bantustões (bairros só para negros). Aduoa e agora Abimbola eram a única família que lhe restara.
Yejide pediu ajuda aos vizinhos para ir ao hospital que ficava longe dali. A criança enrolada em uma fralda nos braços da avó, Aduoa desmaiada numa maca na calçada e uma longa fila de pessoas em todas as situações: doentes terminais de AIDS, baleados, acidentados, idosos... negros.

                                              Mulher sul-africana e sua filha

  De repente um grupo de jovens animados passa distribuindo panfletos com uma foto de Nelson Mandela e os dizeres: "Unam-se! Mobilizem-se! Lutem! Entre a bigorna que é a ação da massa unida e o martelo que é a luta armada devemos esmagar o apartheid!"
Por um momento Yejide se esqueceu de onde estava, abriu um sorriso largo e disse para um dos rapazes do grupo:
- Mas Madiba é um danado mesmo, nem as grades da prisão podem calar sua voz. Será que meu pequeno Abimba ainda verá nosso povo livre? - disse apontando para o bebê.
O rapaz retribuiu ao sorriso e, tomando Abimbola nos braços disse:
- Verá sim, nós veremos. 
Aduoa já está morta quando é atendida, a hemorragia não foi contida a tempo e a jovem perdera sangue demais. Yejide não chora, sua vida a tinha feito forte, sabia que se lamentar não mudaria nada. Ao contrário, quis se alegrar e crer que Abimbola ainda veria a África do Sul livre pelas mãos de um negro, pelas mãos de Madiba. Que o neto poderia se casar com uma branca caso a amasse de verdade, que poderia andar por onde quisesse sem ser proibido pela cor de sua pele, que teria uma educação de qualidade.
  É 11 de fevereiro de 1990, Abimbola está no terreno abandonado em frente sua casa jogando futebol, quando ouve a alta comemoração que vem de longe; meninos, meninas, homens e mulheres correm cantando um hino tão conhecido por ele, o hino da África do Sul:
Soa o chamado para nos unirmos,
E juntos, nos fortaleceremos.
Vivamos e lutemos por liberdade,
Na África do Sul, nossa terra
- O que aconteceu? - pergunta o menino para um dos passantes.
- Madiba está livre! Lutemos por liberdade!
Abimbola corre para dentro de casa, a avó está em prantos em frente a televisão. Todas as emissoras sul africanas noticiam a liberdade de Nelson Mandela 27 anos após sua prisão por conta de sua luta contra a segregação racial.
  O menino abraça a avó que durante os 10 anos de sua vida lhe ensinara sobre Nelson Mandela, o homem que libertaria a África do Sul tão logo ele mesmo fosse livre.
Corre para a rua e olha o sol imponente que se põe à sua frente e uma frase de Madiba ecoa em seus ouvidos: "deixe a liberdade reinar. O sol nunca brilha tão glorioso como diante de uma conquista humana."


domingo, 20 de março de 2011

Economia

  A economia sul-africana até a I Guerra Mundial baseava-se na agricultura e mineração (diamantes e ouro).  Após a II Guerra Mundial, a indústria começou a se desenvolver e atualmente é um dos setores mais lucrativos da economia do país. O principal deles é o turismo.
  Com cerca de 18% do PIB total do continente africano e 45% da produção de minérios, a África do Sul é o país mais rico e industrializado do continente.
  Também, possui a bolsa de valores de Johannesburgo que representa 17ª maior do mundo e setores financeiros de: energia, comunicações e transportes bem desenvolvidos.
  Com os recursos naturais em abundância, a África do Sul é a maior produtora mundial de ouro, platina, cromo, vanádio e manganês. É, também, grande produtora de diamante, urânio e gás natural, dentre outros.   No ano 2000, a platina foi a maior fonte de renda do país, ultrapassando o ouro.
 Contudo possui muita desigualdade social e a taxa de desemprego de 21,7% (dados de 2008), é uma das maiores do mundo. Metade da população vivia abaixo da linha de pobreza, até o ano 2000.

Moeda
A unidade monetária é o Rand ("R"). Um dólar corresponde a cerca de 6 Rands e, um Real, a aproximadamente 2 Rands.

                                                 Cédulas da África do Sul
                                                Fonte: Arquivo Pessoal
Fonte: http://www.africa-turismo.com/africa-do-sul/economia.htm


     A influência da URSS na luta armada sul-africana antiapartheid

Por Mariana Sales da Silva

  Os partidos da Congress Alliance, opositores ao governo Sul-africano que implementou a política de segregação racial, o Apartheid, necessitavam de recursos para manter-se.
  A partir disto, os integrantes do Partido Comunista Sul-Africano (SACP), começaram então, uma busca internacional para a captação de recursos. Por intermédio do partido comunista da Grã-Bretanha, foi feito o primeiro contato com a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
   A SACP solicitou o apoio financeiro dos soviéticos, o que foi prontamente atendido.
  Até este momento o partido comunista sul-africano já cogitava, há algum tempo, a possibilidade de ingressar na luta armada contra o governo de seu país, porém, outros partidos como o ANC (African National Congress) não concordavam ainda com as idéias de confronto armado.
  No entanto, a carência de recursos financeiros por parte do ANC facilitou o contato com os soviéticos, assim, uma aliança foi formada entre a União soviética e os dois partidos de maior importância na oposição Sul-africana.
  A decisão de começar uma luta armada pode não ter sido sugerida pelos aliados soviéticos, porém, certamente foi apoiada por eles, pois, a União soviética tinha interesse na África do Sul, não só pelo ponto geograficamente estratégico mas também por suas riquezas minerais.
  Seria de grande valia para a URSS, que vivia o período da Guerra Fria com os Estados Unidos, conquistar um território tão representativo no continente africano.
  Além de fornecer apoio financeiro os soviéticos também treinavam os guerrilheiros Sul-africanos em alguns países da África, como Gana e Guiné Conakry.
  O conflito entre a China e a União Soviética exigiu um posicionamento por parte do movimento revolucionário Sul-africano, por também manter uma aliança com os chineses. Após prolongar ao máximo esta decisão de assumir um posicionamento definitivo, acabaram por favoráveis aos soviéticos, o que ocasionou a perda do apoio Chinês o ANC e SACP.
  O governo da África do Sul aboliu então os partidos de oposição tornando-os ilegais e prendendo vários de seus lideres como Nelson Mandela, um dos líderes da ANC (Congresso Nacional Africano).
  Com isso, tanto o partido comunista como o ANC começaram a agir no exterior, a União soviética passou então a treinar os soldados da força revolucionária sul-africana em seu próprio território.
  Em meados dos anos 60 calculava-se que já havia meio milhão de guerrilheiros bem treinados pelos soviéticos.
  A sede da liderança revolucionária estava situada na Tanzania, no continente africano, este país, porém, alinhou-se com a China e expulsou os soldados, bem como, a liderança do ANC e SACP de seu país.
  Os soviéticos viram então a oportunidade de ter controle total sobre as forças revolucionárias, seus aviões transportaram os soldados e lideranças revolucionárias sul-africanas para território da União soviética.
  A esta medida, além de treinar soldados, a URSS também formava médicos e enfermeiros, e muitos líderes das forças revolucionárias estudavam em universidades soviéticas.
  Com isso aumentou-se propositalmente a dependência por parte do braço armado do ANC, e do partido comunista Sul-africano, para com os soviéticos.
  Por volta de 1973, surgiu o conceito de “Assalto Total”, em que, liderados pelos soviéticos, a revolução Sul-africana derrubaria o governo do país, o qual seria substituído por uma maioria negra, porém, estes seriam controlados pela URSS.
  Assim, dominariam a Rota do cabo, controlando o abastecimento de petróleo da Europa, e também as riquezas naturais sul-africanas, para que, a Europa Ocidental dependesse exclusivamente da União Soviética, o que a afastariam dos Estados Unidos.
  Isto, porém, não se concretizou. O governo Sul-africano adotou medidas que impedissem tal ato.
  A luta armada revolucionária Sul-africa não obteve grande sucesso no intuito de acabar com o regime do Apartheid. Pode-se dizer que a luta política contribuiu de maneira mais eficaz para isto, principalmente do Congresso Nacional Africano (ANC), em âmbito internacional.
  Pois com a dissolução da União das Republicas Socialistas Soviéticas as forças armadas perderam totalmente o apoio financeiro, impossibilitando ações de maior impacto na luta contra o governo e sua política de segregação racial.